Nos anos de 1927 e 1928, Masaichi Fukushi dedicou-se à divulgação de seu trabalho pelo ocidente, oferecendo cursos e palestras sobre pigmentação, bem como sobre a história e o processo da tatuagem japonesa.
Ao longo de sua vida, o doutor catalogou mais de 2000 desenhos, juntamente com informações detalhadas sobre os “donos” das tatuagens e suas peles, além de ter colecionado mais de 3000 fotos. Infelizmente, a maior parte de suas documentações foram destruídas em 1945, durante o bombardeio de Tóquio na Segunda Guerra Mundial, que deixou os prédios da universidade em ruínas.
Nos anos 1940 e 1950, as pesquisas de Fukushi e a tatuagem japonesa chegaram até a aparecer em artigos de revistas e jornais, incluindo duas edições da revista americana Life, uma de 11 de março de 1946 e outra de 3 de abril de 1950!
A custódia da coleção de peles tatuadas do médico passou para as mãos de seu filho, Katsunari Fukushi, que, tendo visitado vários estúdios com seu pai quando era apenas um garoto, acabou por seguir seus passos, tornando-se um patologista que se dedicou a estudar o câncer e um amante da arte da tatuagem japonesa. Ele chegou também a preservar guardar peles tatuadas, adicionando mais de vinte exemplares à coleção. Curiosamente, pai e filho não chegaram a fazer tatuagens em si.
Katsunari escreveu e publicou diversos artigos sobre o tema, além de capítulos para os livros “Japanese Tattooing Colour Illustrated” (1972) e “Horiyoshi’s World” (1983), nos quais descreve o trabalho de seu pai e sua paixão pela arte na pele.
Acredita-se que a Universidade de Tóquio tem 105 quadros contendo as peles tatuadas, sendo boa parte deles fechamentos de corpo inteiro! O departamento médico da universidade não é aberto ao público, mas eventualmente são permitidos agendamentos, de médicos e pesquisadores, para visitar a exposição. Vejam algumas fotos:
Fonte: desconhecida