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5 de outubro de 2011

Quero Tatuar, Mas Tenho Medo de Perder o Emprego: E Agora?

O assunto desta manhã no Twitter HYPE foi a discriminação pela arte corporal, e, infelizmente, o quão recorrente essa situação é.
Algumas parceiras, como a @Pandora420 e @AdrianaNocturnu provam que mesmo hoje, no século 21, ainda há discriminação sobre a arte.
Pandora, na busca por um emprego que não seja limitado e preconceituoso.
Dreads, alargadores, piercings, tatuagens e modificações em geral, como implantes e scars, tem em comum três coisas: todos possuem um significado pessoal extremamente significativos; São expressões artísticas (e até mesmo religiosas, como no caso dos dreads) e são mal vistos pela parcela conservadora da sociedade.

Realmente, pessoas tatuadas são muito
ameaçadoras. Observem
essa imagem assustadora de um garoto
e seu felino doméstico.
Quem tem no corpo alguma dessas artes, pode afirmar o quanto o "discurso do emprego" se repete. O fato de ter acrescentado tinta, aço cirúrgico ou simplesmente trançar os cabelos de um modo específico acarretam em uma discriminação que não faz o menor sentido. Passam a imaginar que a competência do indivíduo que escolheu abraçar a arte corporal seja diminuída, e tendem a limitar seu acesso ao mercado de trabalho.
Claro, já foi muito pior. Tatuagem já foi sinônimo de criminalidade, e seus entusiastas precisavam escondê-las ou aguentar as pesadas consequências do preconceito alheio.
Mas, ainda hoje, quem procura seguir carreiras profissionais convencionadas como mais conservadoras ou que lidem com o público é desestimulado a expôr seu amor pela arte corporal.

Já ouvimos infinitas histórias, que vão desde olhares de repulsa e ofensas gratuitas, até o abuso moral mais "sutil", que consiste em solicitar que sejam retirados e/ou escondidos quaisquer adornos do corpo do candidato.
Porém, se todos escondermos e retirarmos o que escolhemos possuir, como extinguir com esse preconceito infundado? Afinal de contas, não há nenhuma evidência científica que demonstre que pessoas com modificações ou características adquiridas pouco convencionais sejam menos aptas a desenvolver qualquer função.
O argumento muitas vezes é terceirizado. Conhecemos relatos onde o empregador se esquiva da responsabilidade e afirma: "Não que eu tenha preconceito, mas as pessoas que são atendidas por você terão...". Entretanto, se fossemos frequentemente atendidos por recepcionistas, garçons e auxiliares com diversas cores e formatos não houvesse tanto estranhamento. Mas se tal oportunidade nunca é dada, como prosseguir nesta luta?
Enquanto empregados, possuímos o direito assegurado em lei de não sermos discriminados por nenhuma característica, seja ela física, religiosa, de gênero, raça, sexualidade ou ideológica.
Aos empregadores, cabe a responsabilidade de pensar além de suas paredes e lutar contra a cômoda omissão de segregar profissionais competentes devido a sua aparência.
Para a sociedade, delegamos a missão de derrubar muro a muro suas muralhas de preconceito, e construir uma comunidade de indivíduos livres, pensantes e competentes, onde o aspecto físico não determina nem sugestiona nenhuma vantagem ou desvantagem.
Lembre-se: esse "marginal" da direita pode ser o responsável por salvar sua vida.
A HYPE Tattoo Brazil se posiciona permanentemente solidária a toda a comunidade artística em suas múltiplas expressões, e se afirma estritamente contra qualquer tipo de discriminação.

E você, já sofreu alguma discriminação do tipo? Como lidou? Conte para a gente nos comentários e entre para o clube dos que querem acabar com esta situação!

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